domingo, 31 de maio de 2009

Diário de Bordo - Dia 19.05.2009 - Terça-feira

Dando início as atividades do workshop a Presidente da Escola Nacional de Administração Pública, Helena Kerr fez a fala de abertura, mostrando a importância da realização do evento.

Nilcéia Freire, Ministra-Chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SPM) apresentou as ações do SPM apresentando o contexto da Política Nacional para as Mulheres reafirmados na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, abordando a questão da Igualdade e respeito à Diversidade (mulheres e homens são iguais em seus direitos) e Equidade (tratar desigualmente os desiguais buscando-se a justiça social requer pleno reconhecimento das necessidades próprias dos diferentes grupos de mulheres). Falou ainda sobre o Pacto Nacional pelo enfrentamento à Violência contr as Mulheres.
O Ministro-Chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi contextualizou a história dos Direitos Humanos perpassando desde a Grécia antiga aos dias atuais, falando ainda sobre o direito de voto pelas mulheres em 1930. Abordou sobre as lideranças sindicais e politicas dos anos 70 e a questão do Brasil como vanguarda na iniciativa da parada gay. Abordou que no atual governo a questão do enfrentamento da pobreza está sendo vinculado aos Direitos Humanos. Abordou a questão da intersetorialidade entre os Ministérios,. que nem sempre trocam informações e proposições entre si. Afirmou ainda que: "... ou se trabalha direitos humanosa entre municipios e estados ou não se faz direitos humanos". Deu enfase a Educação em Direitos Humanos. Em seguida apresentou as ações do SEDH.
Também tivemos a participação do Secretario Adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPRIR) representando o Ministro-Chefe da SEPRIR, Edson Santos. O mesmo falou sobre movimento de libertação dos negros, citando o Quilombo dos Palmares como um grande marco, também lembrou a atuação dos abolicionista negros. Deu enfâse a Lei do Deputado Afonso Arinos e o enfoque na Fundação Palmares. Abordou a questão das cotas para negros e o estatuto da igualdade racial.

Após a mesa de abertura foi iniciado o evento em si com palestra de Noelle Richardson, Diretora de Diversidade do Serviço Público da Província de Ontario, Canadá.


Noelle Richardson, Diretora de Diversidade do Serviço Público da Província de Ontario, Canadá


A abordagem da Noelle foi bem interessante, abrindo sua fala com a seguinte indagação: " Tudo é discriminação... o normal não é estático".

Sobre a cosntituição canadense colocou que a mesma é um cartão de visita do Canadá e as leis são concebidas visando a diversidade de cada província tendo cada uma seu código de Direitos Humanos.

Multiculturalismo foi visto por ela como um tecido na cultura canadense. Abordou a questão da Lei da Equidade e Emprego que segundo a mesma, ainda sofre resistências. Falou sobre discriminação reversa que trata da superação das barreiras quanto a imigração. Colocou que os canadenses falam hoje mais de 200 línguas, traduzindo o Canadá como uma sociedade pularlista porém não homogeneizada.

Depois a mesma citou a experiência do Programa de Capacitação de Gestores desenvolvido no Ministério da Saúde do Canadá, enfocando que, há desafios que devem ser identificados em relação as lutas internas de cada pessoa. Disse a mesma: "Nós precisamos entender o que é discriminação". Neste sentido a mesma salienta da importância de se conhecer a si próprio, quando afirma que: " você tem que segurar o espelho em sua frente (...)", "as pessoas tendem a se colocar na defensiva".
Muito interessante quando a mesma salienta a relação entre esteriotipos e julgamentos.

A mesma acredita que, esteriotipos representam um pensamento, por exemplo: ele é...
Na sequencia vem o víes do pré-julgamento ou seja o ato de negação que leva a discriminação e posteriormente a uma reação que é retroalimentada pelo esteriotipo original. Um exemplo citado pela mesma foi a mulher que tem o esteriotipo no serviço público de emotiva. É assim gerado pelos homens que comandam cargos de chefia que, essa mulher por ser emotiva não tem condições de tomar decisões dificeis (Pre-JULGAMENTO) e as discrimina ou seja, não as contratam para cargos de chefia.

Diretor Administrativo da região de Peel, Toronto-Canadá, David Szwart

No período da tarde, foi realizada uma mesa para discussões em grupo e troca de experiências em como implementar políticas de promoção da equidade e diversidade no serviço público, seguido da palestra Conhecendo experiências, onde o Diretor Administrativo da região de Peel, Toronto-Canadá, David Szwart abordou a experiência canadense em adaptar políticas públicas de diversidade.

Segundo o mesmo, foram aprimorados conhecimentos e capacidades por meio de capacitações e educação reforçando a diversidade como cultura. Um dos compromissos de Peel com a diversidade pauto-se no seguinte item: cultivar um local de trabalho em que idéias e crenças diversificadas sejam respeitadas e todos os servidores sejam tratados sem discriminação.

Chamou atenção quando o palestrante abordou a integração da diversidade a partir de craição de sala de oração adaptada a diversas religiões, onde o servidor público pode, dentro do horário de serviço ausentar-se para por alguns minutos para cultuar sua religião. O que alguns ouvintes colocaram como impossível de ser adaptado a nossa realidade brasileira.

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