domingo, 31 de maio de 2009

Diário de Bordo - Dia 21/05/09


Encerrando o workshop, tivemos uma mostra do que vem a ser o Café com Debate, metodologia do Canada que sera disseminada e realizada pelas Escolas Parceiras do Projeto Canadá. O Café com Debate neste contexto, serviu como espaço de debate onde participaram os dirigentes da ENAP e das Secretarias Especiais do Governo Federal, assim como as Escolas Parceiras e onde foram discutidas as sínteses das discussões trabalhadas e vivenciadas durante todo o workshop, tendo cometários dos dirigentes e Secretarias Especiais.

Marcos Madeira da SEPPIR convidou a todos para o
II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial a ser realizada em junho em Brasília

Erasto Fortes Mendonça
Coordenador Geral de Educação em Direitos Humanos - Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República


PRÓXIMOS PASSOS:

Ao final foram apresentados os próximos passos do Projeto Canadá - Mesa Redonda de Pesquisa Ação sobre Diversidade e Capacitação em Escolas de Governo com objetivo de identificar e explorar experiências recentes de capacitação nas áreas temáticas propostas.

CRONOGRAMA SUGERIDO PELA ENAP:
1a. reunião: 30/06 a 03/07

Outros encontros:
03/08 a 07/08
01/09 a 04/09
05/10 a 09/10
09/11 a 13/11
07/12 a 11/12

Ações das Escolas de Governo:
Indicar pessoas que possam participar de todas reuniões com poder de decisão

Diário de Bordo - Dia 20.05.09 (quarta-feira)

Para conhecermos as experiências internacionais em relação a questão da diversidade tivemos a palestrante Bunny Sudedor, Diretora de Desenvolvimento de Currículos da PALAMA, África do Sul que tratou de questões de gênero na agenda da serviço público.


Sobre o assunto, a mesma iniciou trazendo nosso conhecido Paulo Freire e sua pedagogia do oprimido. "Usamos Freire na Africa pela visão de futuro no Programa de Transversalidade de Gênero", disse Bubby.


Segundo a mesma, a Africa do Sul é uma sociedade bastante desigual e questão da igualdade de gênero tem sido pauta e tomado importância para a região. O objetivo do Programa de Transversalidade de Gênero envolve a sensibilidade de gênero no governo e no serviço público.


Sobre a implantação de programas de capacitação: " Após a capacitação dos gestores se comprometem a entregar um plano de ação - redigindo uma declaração dizendo: "eu apoio a igualdade de gênero". É rastreado e monitorado a gestão. Utilizam-se fóruns virtuais para capacitação. Já foram beneficiados 1.600 gerentes, tendo como foco pessoas de cargos estratégicos.


O fórun virtual serve para dar continuidade ao diálogo em todo o país.

Interessante o exemplo que a mesma cita: "Ensinamos o elefante não a dançar, mas a aprender a se movimentar e na medida que ele vai aprendendo vai conseguir dançar pouco a pouco".


Tivemos também neste dia, a fala da Assessora do Departamento de Programas de Diversidade e Línguas Oficiais, Valerie London do Canadá, que contextualizou a questão da formação de formadores.

A tarde tivemos trabalhos em subgrupos, do qual participamos do Qual o papel das Escolas de Governos e Secretarias Especiais no contexto do que vivenciamos durante o evento, a nível de traçar estratégias para a inserção da temática diversidade no serviço público.
Em seguida, os trabalhos dos grupos foram a plenária.

Diário de Bordo - Dia 19.05.2009 - Terça-feira

Dando início as atividades do workshop a Presidente da Escola Nacional de Administração Pública, Helena Kerr fez a fala de abertura, mostrando a importância da realização do evento.

Nilcéia Freire, Ministra-Chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SPM) apresentou as ações do SPM apresentando o contexto da Política Nacional para as Mulheres reafirmados na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, abordando a questão da Igualdade e respeito à Diversidade (mulheres e homens são iguais em seus direitos) e Equidade (tratar desigualmente os desiguais buscando-se a justiça social requer pleno reconhecimento das necessidades próprias dos diferentes grupos de mulheres). Falou ainda sobre o Pacto Nacional pelo enfrentamento à Violência contr as Mulheres.
O Ministro-Chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi contextualizou a história dos Direitos Humanos perpassando desde a Grécia antiga aos dias atuais, falando ainda sobre o direito de voto pelas mulheres em 1930. Abordou sobre as lideranças sindicais e politicas dos anos 70 e a questão do Brasil como vanguarda na iniciativa da parada gay. Abordou que no atual governo a questão do enfrentamento da pobreza está sendo vinculado aos Direitos Humanos. Abordou a questão da intersetorialidade entre os Ministérios,. que nem sempre trocam informações e proposições entre si. Afirmou ainda que: "... ou se trabalha direitos humanosa entre municipios e estados ou não se faz direitos humanos". Deu enfase a Educação em Direitos Humanos. Em seguida apresentou as ações do SEDH.
Também tivemos a participação do Secretario Adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPRIR) representando o Ministro-Chefe da SEPRIR, Edson Santos. O mesmo falou sobre movimento de libertação dos negros, citando o Quilombo dos Palmares como um grande marco, também lembrou a atuação dos abolicionista negros. Deu enfâse a Lei do Deputado Afonso Arinos e o enfoque na Fundação Palmares. Abordou a questão das cotas para negros e o estatuto da igualdade racial.

Após a mesa de abertura foi iniciado o evento em si com palestra de Noelle Richardson, Diretora de Diversidade do Serviço Público da Província de Ontario, Canadá.


Noelle Richardson, Diretora de Diversidade do Serviço Público da Província de Ontario, Canadá


A abordagem da Noelle foi bem interessante, abrindo sua fala com a seguinte indagação: " Tudo é discriminação... o normal não é estático".

Sobre a cosntituição canadense colocou que a mesma é um cartão de visita do Canadá e as leis são concebidas visando a diversidade de cada província tendo cada uma seu código de Direitos Humanos.

Multiculturalismo foi visto por ela como um tecido na cultura canadense. Abordou a questão da Lei da Equidade e Emprego que segundo a mesma, ainda sofre resistências. Falou sobre discriminação reversa que trata da superação das barreiras quanto a imigração. Colocou que os canadenses falam hoje mais de 200 línguas, traduzindo o Canadá como uma sociedade pularlista porém não homogeneizada.

Depois a mesma citou a experiência do Programa de Capacitação de Gestores desenvolvido no Ministério da Saúde do Canadá, enfocando que, há desafios que devem ser identificados em relação as lutas internas de cada pessoa. Disse a mesma: "Nós precisamos entender o que é discriminação". Neste sentido a mesma salienta da importância de se conhecer a si próprio, quando afirma que: " você tem que segurar o espelho em sua frente (...)", "as pessoas tendem a se colocar na defensiva".
Muito interessante quando a mesma salienta a relação entre esteriotipos e julgamentos.

A mesma acredita que, esteriotipos representam um pensamento, por exemplo: ele é...
Na sequencia vem o víes do pré-julgamento ou seja o ato de negação que leva a discriminação e posteriormente a uma reação que é retroalimentada pelo esteriotipo original. Um exemplo citado pela mesma foi a mulher que tem o esteriotipo no serviço público de emotiva. É assim gerado pelos homens que comandam cargos de chefia que, essa mulher por ser emotiva não tem condições de tomar decisões dificeis (Pre-JULGAMENTO) e as discrimina ou seja, não as contratam para cargos de chefia.

Diretor Administrativo da região de Peel, Toronto-Canadá, David Szwart

No período da tarde, foi realizada uma mesa para discussões em grupo e troca de experiências em como implementar políticas de promoção da equidade e diversidade no serviço público, seguido da palestra Conhecendo experiências, onde o Diretor Administrativo da região de Peel, Toronto-Canadá, David Szwart abordou a experiência canadense em adaptar políticas públicas de diversidade.

Segundo o mesmo, foram aprimorados conhecimentos e capacidades por meio de capacitações e educação reforçando a diversidade como cultura. Um dos compromissos de Peel com a diversidade pauto-se no seguinte item: cultivar um local de trabalho em que idéias e crenças diversificadas sejam respeitadas e todos os servidores sejam tratados sem discriminação.

Chamou atenção quando o palestrante abordou a integração da diversidade a partir de craição de sala de oração adaptada a diversas religiões, onde o servidor público pode, dentro do horário de serviço ausentar-se para por alguns minutos para cultuar sua religião. O que alguns ouvintes colocaram como impossível de ser adaptado a nossa realidade brasileira.

Workshop Internacional Sobre Equidade e Diversidade no Serviço Público


Com um pouco de atraso por conta das atividades, estamos postando aqui o Workshop Internacional Sobre Equidade e Diversidade no Serviço Público: Gênero, Raça e Direitos Humanos, que realizou-se em Brasilia no período de 10 a 21 de maio. O evento na verdade insere-se no âmbito do Projeto Brasil-Canadá Desenvolvimento de Capacidade de Governança no qual a Fundação Joaquim Nabuco é uma das instituições vinculadas ao projeto.

Da Fundaj, participaram a Coordenadora do Laboratório de Ensino a Distância Dosa Monteiro, Sandra Helena Rodrigues (que aqui escreve) e o pesquisador da Coordenação-Geral de estudos Educacionais/DIPES, Maurício Antunes Tavares que atua em linha de pesquisa sobre jovens e adolescentes aproximando-se da temática do evento, por abranger questões de gênero, raça e DH.

O objetivo do workshop foi compartilhar conhecimentos sobre diretrizes políticas brasileiras, canadenses e sul-africanas de promoção a equidade e diversidade no serviço público.

Um ponto importante a salientar do evento foi a questão de identificar orientações para a Mesa-Redonda de Pesquisa-Ação que deverá ser realizada pelas instituições parceiras em suas respectivas cidades. Presentes ao evento representantes das seguintes instituições: Escolas parceiras (UFPA, FUNDAJ, UCS/SAEB, ESCOLAGOV-MS, ENCE/IBGE e IMAP); das secretarias Especiais do Governo Federal (SEDH, SPM e SEPRIR); do Minsitério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) entre outros.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Fundaj participa do 7o. SENAED

O 7º Seminário Nacional ABED de Educação a Distância - SENAED acontece entre 23 e 31 de maio de 2009, com uma grande novidade: pela primeira vez, o evento será totalmente a distância!

O tema central do Seminário é a “Polifonia na Docência e Aprendizagem Online”, envolvendo os diversos canais e as diversas vozes que participam da educação online. As atividades serão realizadas tendo sempre como referência os conceitos de interatividade e bidirecionalidade.

A coordenadora de Ensino a Distância Sandra Helena Rodrigues está integrada ao Comitê do Programa, onde vem juntamente com outros representantes de instituições ligadas à Educação a Distância organizando o programa do evento.

O Laboratório de Ensino a Distância Dosa Monteiro da Fundação Joaquim Nabuco é um dos pólos de apoio, que durante o evento estará à disposição dos inscritos.



Link do evento: http://www.abed.org.br/seminario2009